NÁ REGIÃO DE MARINGÁ-PR. UM DOS MAIORES CENTROS DE PISCICULTURA DO SUL DO PAÍS.
Laboratório de reprodução em Munhoz de Mello - Pr.
51 Tanques produzindo alevinos em qualquer quantidade.
A Piscicultura Piracema desde 1994 em atividade, não mede
esforços em buscar novos aprimoramentos, para melhor atender sua clientela.
Conta com uma equipe qualificada e com larga experiência na atividade, oferecendo todo atendimento técnico. Seus produtos e serviços são avaliados constantemente, sempre em busca de melhores desempenhos.
- Encha o Tanque de Engorda com Alevinos da melhor precedência.
- Transporte de Peixes vivos.
Acessoria Técnica:Dr. Luis Eduardo Ferrari Sanches.Zootecnista CRMV3-277Z.adm@pisciculturapiracema.com.br(44) 99914-4445(44) 3263-4445
"Informações e Vendas pelos telefones 44 3263 4445 ou 44 99914 4445, ou no nosso endereço:
Av Kakogawa 2306 em Maringa"
Confira as seguintes soluções que você encontrara.
Excelente Atendimento
Aqui na Piscicultura Piracema você encontrara um excelente atendimento em suas nescessidades atuais e soluções imediatas relacionadas a produção de alevinos e diante devidas espécies especificas relacionadas as suas produções. Você ira contar com uma equipe especialmente qualificada para estas soluções.
Equipe Qualificada
Aqui na Piscicultura Piracema você encontrara uma equipe altamente qualificada para atende-lo com profissionalismo, eficacia, cooperação, esmero e com total atenção, visando sempre satisfazer suas principais nescessidades atuais para que você cliente seja parte de nosso trabalho.
Produtos de Qualidade
Aqui na Piscicultura Piracema você encontrara Produtos de excelentes qualidades relacionados a produção de Alevinos cultivados especialmente por profissionais especializados. Contando atualmente com um laboratório de cultivo com mais de 51 tanques de produção em qualquer quantidade especifica.
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Nossa Equipe Técnica
A Piscicultura Piracema conta com uma equipe de profissionais qualificados e com larga experiência na àrea de produção de Alevinos, como no cultivo e transporte de peixes.
Presta acessorias na elaboração de projetos técnicos.
Gerando com muito orgulho empregos diretos e indiretos, para Brasileiros!
Equipe:
Dr.Luís Eduardo Ferrari Sanches: Zootecnista.
Saiba Mais
Claudio Assis Mucellini: Técnico em Piscicultura
Saiba Mais
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Laboratório de Reprodução.
Estrada Água da Areia - Munhoz de Mello - PR
Vistá Aéria do Laboratório de Reprodução.
Incubação de Óvos de Tilápias.
Vistá das Estufas onde são produzidos os Alevinos durante o inverno.
Vistá das caixas de Larvicultura e Reprodução.
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Veja Nossas Espécies. E acompanhe os detalhes.
Tilápia do Nilo
Tilápia Vermelha
Bagre Africano
Carpa Cabeça Grande
Carpa Hungara Escama
Carpa Hungara Espelho
Carpa Capim
Jundia
Lambari
Matrinchã
Dourado
Pintado
Pacu
Piauçu
Curimba
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Tudo vai bem na sua criação, a água está verde, os peixes estão comento bem e crescendo mais ainda, de repente, vem o frio e com as temperaturas baixas começam os problemas. Peixes aparecem nadando sem rumo na superfície, a ração sobra, a água escurece, os peixes começam a morrer. O inverno é a época que mais acontecem problemas nas criações de peixes, por isso damos à seguir algumas dicas para que nós criadores, tenhamos o mínimo de problemas e prejuízos com o frio.
Primeiro temos que entender por que acontecem os problemas: é que os peixes são animais de sangue frio, isto é, a temperatura do corpo deles é igual a temperatura da água onde eles estão, e quando a água esfria os peixes perdem a resistência contra as doenças. Uma situação de estresse que em temperaturas normais nada causa nos peixes, pode desenvolver doenças em águas frias.
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Preparo dos Tanques para receber os Alevinos.
Com a chegada do calor, chega a hora do piscicultor estocar novamente seus viveiros com novos alevinos, iniciando um novo ciclo de criação. Veja abaixo, algumas dicas para ter bons resultados com a sobrevivência, e crescimento inicial dos alevinos, com um bom preparo dos tanques.
É muito comum a dúvida sobre a aplicação de cal e calcáreo, na verdade, são produtos diferentes com funções diferentes, a cal virgem é aplicada como desinfetante, e para matar insetos predadores e peixes indesejáveis, que ficariam vivos nas poças dágua, já o calcáreo é aplicado para melhorar o pH e aumentar a alcalinidade, o que proporciona uma maior disponibilidade de nutrientes do barro do fundo, além de proporcionar maior conforto aos peixes no seu equilíbrio químico com a água e também neutralizar elementos tóxicos. O cal é utilizado uma só vês quando se seca o tanque e o calcáreo deve ser aplicado regularmente nos viveiros.
Para a aplicação do calcáreo o ideal seria analisar o pH da água e da terra, no entanto, como se trata de um produto de baixo custo, e que não tem limites para a sua utilização, pode ser usado nas quantidades de 200 a 300g/m 2 inicial, e em aplicações mensais de 100g/m 2.
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Manual Prático do Piscicultor.
Segue abaixo as seguintes informações relacionadas ao Manual prático. Clique sobre
seu titulo especifico e obtenha mais informações.
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Dicas para o Sucesso na Criação de Peixes.
O grande sucesso que tiveram os pesc pags em todo o Brasil, só foi possível graças à piscicultura racional que produz o peixe para ser comercializado nos pesqueiros. Como aumentou a demanda por peixe vivo, muitos agricultores se aventuraram nesta nova atividade que no entanto, exige mais do que boa vontade para se obter bons resultados. Com 15 anos no ramo da piscicultura, ressalto algumas conselhos para quem vai ingressar ou está ingressando na criação de peixes.
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Vendas e Orçamentos.
Para realizar Vendas e Orçamentos entre em contato diretamente com nossos Responsáveis Técnicos.
Será sempre um prazer atende-los.
Dr. Luis Eduardo Ferrari Sanches Zootecnista CRMV3-277Z.
Claudio Assis Mucellini Técnico em Piscicultura.
Contato para Vendas e Orçamentos:(44) 3263-4445(44) 99914-4445
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A Piscicultura
Piscicultura Piracema desde 1996 em atividade
e até 2009 mais de 40.000.000 alevinos produzidos.
Em maio de 1996 iniciavam-se as obras para a construção da piscicultura
que se tornaria referência na história da piscicultura regional. No início
foram construídos apenas 14 tanques, no ano seguinte foram construídos mais
24 tanques. Hoje a piscicultura Piracema conta com 52 tanques na unidade de
reprodução, laboratório super moderno com 150 m 2 com aquários de reprodução,
incubadoras para ovos e larvas, sistema de aquecimento e controle de água,
caixas para depuração de alevinos etc.., em Munhoz de Mello. Em Maringá a
estrutura conta com um posto de comercialização de alevinos onde também é
fabricado a ração para larvas e alevinos e também onde os produtores são
atendidos e orientados na compra dos filhotes de peixe. Conta ainda com mais 26
tanques para engorda e larvicultura no município de Lobato.
A piscicultura Piracema atende mais de 1200 clientes em todo o estado do Paraná
e São Paulo.
O Posto de Vendas em Maringá-PR
A idéia de separar a produção da venda, veio da necessidade básica
comercial de atender bem o cliente. O produtor rural que adquire
alevinos precisa de atenção para que possam lhe ser passado algumas
recomendações básicas, e esta orientação é fornecida pelos técnicos
da Piracema no posto de venda em Maringá. ´´ O trabalho com peixes é muito dinâmico
e seria muito difícil dar a atenção que os clientes merecem no local de produção ’’.
No posto de vendas em Maringá o piscicultor tem toda a estrutura para se sentir em casa e ser atendido por técnicos especializados que lhe orientarão no início da criação de peixes. Também ali tem um cafezinho, água gelada e revistas especializadas, servindo também o local para a realização de reuniões e rodadas de negócios entre piscicultores pesqueiros e compradores.
Além de tudo isso, há o aspecto sanitário, pois isolando as unidades de produção há um menor risco do aparecimento de doenças que poderiam ser repassadas aos alevinos. ‘’Com o isolamento da unidade de produção asseguramos maior qualidade sanitária aos alevinos’’.
Os Idealizadores
Já em 1994, o empresário maringaense José Sanches Filho, acreditando no crescimento da Piscicultura, resolveu investir na atividade. Na mesma época foi adquirido por ele um lote de terra no município de Munhoz de Mello, de localização privilegiada para a região e com as características adequadas para a construção do empreendimento. Desenvolvido e acompanhado pelo seu filho, o Zootecnista Luís Eduardo Ferrari Sanches, que na época já contava com grande experiência na produção de alevinos, o projeto foi elaborado de maneira bastante técnica, adequado ao terreno e à produção de filhotes de peixes. No projeto inicial o laboratório era de apenas 40 m 2 e teve que ser aumentado 2 vezes acompanhado o aumento dos tanques e da produção. Vale salientar que eles não obtiveram nenhuma ajuda financeira dos órgãos governamentais.
‘’ O local era um banhado onde se retirava barro para olaria e estava abandonado, e até hoje os moradores locais não acreditam na transformação do local ‘’.
Alta Técnologia
A tecnologia aplicada na Piscicultura Piracema é uma das mais modernas do mundo, e se inicia com a criação dos reprodutores, e já nos tanque de matrizes estas são selecionadas e tem tratamento especial em qualidade de água e alimentação o que as prepara para o processo de reprodução artificial. O laboratório é o local onde se faz todo o trabalho de desova, onde as matrizes são induzidas (através de injeções contendo hormônios) a desovarem nos locais apropriados aonde de faz a fertilização destes óvulos artificialmente com os gametas retirados dos machos. Também no laboratório são incubados os ovos e as larvas em condições totalmente controladas de água /temperatura /vazão etc..
‘’ Todo o sistema de incubação de ovos e larvas foi por nós desenvolvido partindo da experiência adquirida e tecnologia já existente, com baixo custo, sendo as nossas instalações simples e funcionais’’.
Neste laboratório é possível induzir para reprodução até 200 kg de reprodutoras e incubar de uma só vez mais de 10.000.000 de larvas em condições controladas.
o laboratório as pequenas larvas vão para os tanques previamente preparados, sendo este processo denominado de larvicultura. Ao contrário da tecnologia de incubação.
que é bastante eficiente, a larvicultura é um etapa que ainda necessita de mais pesquisas pois os resultados nesta fase ainda podem prejudicar a produção.
‘‘ Ainda é muito trabalhoso e caro artificializar a etapa de larvicultura e muitas vezes os resultados de sobrevivência das larvas não é satisfatório, as dificuldades estão no controle de predadores, e principalmente na produção de alimentos para a correta nutrição das minúsculas larvas’’.
Dos tanques de larvicultura os alevinos produzidos vão para o posto de venda em Maringá, da onde são distribuídos aos piscicultores.
Em 2001 foi introduzido neste laboratório o processo de incubação de ovos de tilápia. Neste processo os ovos das tilápias são coletados diretamente da boca das fêmeas e incubados artificialmente até o início da alimentação. Esta técnica desenvolvida em países orientais, permite que as larvas produzidas se alimentem mais cedo com a ração contendo hormônios masculinizantes, o que permite maior segurança na reversão sexual.
‘‘ Tivemos que readaptar nosso laboratório à esta tecnologia, e nos proporcionou competir em outros mercados’’.
A técnica de reversão sexual foi desenvolvida porque os machos das tilápias se desenvolvem mais do que as fêmeas que ainda desovam constantemente. Com esta técnica as larvas recém nascidas são alimentadas com rações contendo andróginos o que transforma a população em quase 100% de machos. A técnica assegura maior crescimento nos tanques de engorda, com toda segurança ao consumidor. Além da tilápia revertida são produzidos ainda a tilápia vermelha, as carpas e espécies nativas como o pacu, curimba piauçu, jundiá, matrinxã, pintado e dourado entre outras.
Por se tratar de técnicas modernas, o conhecimento a atualização são fundamentais, pois além da grande experiência com produção de alevinos desenvolvida em quase 10 anos como técnico da antiga CAFÉ do Paraná (hoje CODAPAR) o zootecnista Luís Eduardo Sanches se mantém atualizado com cursos e especializações e já concluiu os cursos de mestrado e doutorado na área de piscicultura na Universidade Estadual de Maringá.
A Genética
Através de cruzamentos dirigidos, os técnicos da piscicultura Piracema desenvolveram uma tilápia adequada a piscicultura semi intensiva e à pesca. Esta genética possibilita altos rendimentos no crescimento e conversão alimentar aliada à rusticidade necessária ao manejo e transporte e principalmente à pesca nos pesqueiros.
‘’Grande parte dos nossos clientes cria tilápia para os pesqueiros, por isso nós trabalhamos com uma linhagem adequada à pesca’’.
Há alguns anos a introdução de linhagens melhoradas por algumas pisciculturas causou muitos prejuízos aos piscicultores pois os mesmos não estavam preparados para dar as condições necessárias de alimentação e qualidade de água que estes animais exigem.
"Acreditamos que toda a cadeia produtiva da piscicultura tem que evoluir junta, isto é o piscicultor tem que dominar a arte de criar peixes, as fabricas de rações tem que produzir alimentos adequados às diferentes fases de criação e sistemas de cultivo, e também para um animal melhorado; Além disso a qualidade da água, da criação e da pesca tem que acompanhar todo o desenvolvimento".
Para os peixes nativos o melhoramento genético através da seleção é aplicado pelos técnicos da Piscicultura Piracema, pois ainda não existe um piscicultura especializada na produção de espécies nativas melhoradas.
‘’ Com seleção e cruzamentos nossos alevinos tem alcançado excelentes índices de crescimento’’
Formado em zootecnia, em 1989, tornou-se parte do corpo técnico da CODAPAR, Antiga CAFÉ do Paraná, onde trabalhou como responsável pela produção de alevinos nas Pisciculturas de União da Vitória, Ponta Grosssa, Jaguariaíva, e Maringá, e em 1995 foi responsável pelo convênio de intercâmbio técnico-científico entre o governo do Estado do Paraná e a República da China, trabalhando com os técnicos chineses na estação de piscicultura do IAP em Toledo.
Em 1996, ingressou no curso de Mestrado em Zootecnia, obtendo o título de Mestre em ciências em 1998. Aliado aos estudos, foi responsável pelo projeto e construção da Piscicultura Piracema, da qual é o responsável pela produção de alevinos. Em 2000, ingressou no curso de Doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá, obtendo o título de Doutor em Produção Animal em fevereiro de 2004.
Prestamos serviços de Projetos e Consultoria.
Fone: (0**44)3263-4445
E-Mail:
adm@pisciculturapiracema.com.br
Claudio Assis Mucellini
Técnico em piscicultura formado em 1984, filho de agricultor, casado pai de duas filhas.
Há mais de vinte anos vem desempenhando trabalhos ligados a piscicultura em vários setores.
No decorrer, sempre buscou e continua se inteirando nos aprimoramentos técnicos para o melhor desenvolvimento da atividade.
Atualmente gerencia a Piscicultura Piracema uma das maiores do sul do País, localizada em Maringá - PR com extensão em Munhoz de Mello - PR e Lobato - PR.
E-Mail:
claudio@pisciculturapiracema.com.br
Tilapia do Nilo (Nome Ciêntifico: Oreochromis milóticos)
Principal Espécie na Piscicultura de cultivo, rústica com boa adaptação a sistema de criação
intensiva, crescimento rapido e ótima conversão, com ração balanceada. Carne de excelente
qualidade(filés) em viveiros além da ração a tilapia se alimenta de microalgas e microcrusfáceos,
atingindo cerca de 500 gramas em 5 meses de cultivo.
Nos ensaios de Densidade, constatou-se que em uma taxe de estocagem de até
300 peixes/m3 é viavel, com produtividade média de 113 kg/m3 em 137 dias de cultivo.
O Bagre Africano ou Clarias é um peixe de origem Africana que foi introduzido no Brasil
no ano de 1986. Devido a suas vantagems para a Piscicultura, como rapido crescimento e
resistência a baixos teores de oxigênio na água tem sido muito utilizado na Piscicultura
super intensiva em criações na Europa, onde é muito criado para industrialização.
Apresenta a carne de cor avermelhada e firme com sabor caracteristico, e um ótimo rendimento
de filés. Em criações apresenta hábito onívoro aceitando bens diferentes tipos de ração e
resíduos, no entanto enquanto alevinos uma eventual falha na alimentação acarretara em
baixa sobrevivência devido ao seu hábito Piscivoro. Apesar de toda a polêmica que cerca
a introdução a criação desta espécie no Brasil, é inegavel o fato deste peixe apresentar
crescimento excepcional em condições onde outras espécies não sobreviveriam.
www.pisciculturapiracema.com.br
Carpa Cabeça Grande (Nome Ciêntifico: Aristichtys Nobilis)
Espécie Chinesa de crescimento rapido, se alimenta de Zooplanctoom(Microorgaminsmo Animais),
aceita bem ração, indicada no consórcio com tilápia, controla o excesso de algas.(Filtradora).
Espécies do melhoramento genético da carpa comum, de origem asiática.
Cultivada quase em todo o planeta, adapta-se a variações de temperaturas,
tem crescimento acentuado, rústica de facil manejo, aceita varios tipos
de alimentos e tem bom mercado. Excelente para policultivos, podendo
se reproduzir em cativeiros.
Espécies do melhoramento genético da carpa comum, de origem asiática.
Cultivada quase em todo o planeta, adapta-se a variações de temperaturas,
tem crescimento acentuado, rústica de facil manejo, aceita varios tipos
de alimentos e tem bom mercado. Excelente para policultivos, podendo
se reproduzir em cativeiros.
De origem Chinesa semelhante a tainha com hábito alimentar herbívoro, chega a ingerir
50% de seu peso em alimento no dia, atinge 1,5kg no ano, carne branca e magra. Utilizada
no controle de vegetações nos viveiros, como as demais carpas chinesas sua reprodução é
artificial.
www.pisciculturapiracema.com.
Jundia (Nome Ciêntifico: Rhandia quellen)
Bagre encontrado desde a Argentina até o sul do México, adapta-se a diferentes ambientes,
apresenta bons resultados em viveiros de Piscicultura. Espécie rústica com crescimento
rápido, carne de ótima qualidade e bom rendimento de filé, excelente aceitação no
mercado (pesque-pagues). Suporta baixas temperaturas e se alimenta no inverno, chegando
a 800 gramas em 10 meses, cultivado também em consórcio com outras espécies.
www.pisciculturapiracema.com.br
Lambari (Nome Ciêntifico: Astyanax spp)
Grupo de Espécies de vários tamanhos, em média não ultrapassa a 15cm podendo ser
encontrados em diferentes ambientes. Sua alimentação natural é baseada em insetos,
larvas e outros organismos microscópios. Em cativeiro o mesmo se reproduz, aceitas
rações fareladas, o Lambari do rabo amarelo chega até a 100 gramas, a exemplo do
Curimba também é espécie utilizada para repovoamento de rios, isca e petiscos.
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Matrinchã (Nome Ciêntifico: Brycon Cephalus)
Espécie com crescimento rápido e homogêneo, originária da bacia amazônica, em criatórios
aceita bem rações, carne de excelente qualidade com bom valor comercial, muito apreciada
na pesca esportiva e artesanal, na criação em cativeiro vem se destacando muito bem,
principalmente no consórcio com tilápias. Além da Matrinxã temos alevinos de Piracamjuba
e piraputanga, os quais possuem caracteristicas semelhantes.
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Dourado (Nome Ciêntifico: Salminus Maxillosus)
Espécie muito importamte para pesca esportiva chegando a 20kg e 1.40 metros. Conhecido como Tigre
do Paraná, um peixe de alta resistência á captura e extrema voraciadade. Em ambiente natural se alimenta de outros peixes. A Piscicultura
Piracema dispõe de alevinos de Dourado, sendo que os mesmos podem ser criados junto com outras espécies e se alimentan de
rações e outros peixes menores.
Este Bagre apresenta uma das maióres espécies de peixes do Rio Paraná, podendo atingir até
2 métros e 100kg. Espécie também reproduzida e cultivada em cativeiro. Seu alimento natural
são peixes menóres, vermes e crustáceos, em criatórios aceita a ingestão de ração balanceada,
o mesmo também é utilizado no controle biológico de outras espécies.
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Pacu (Nome Ciêntifico: Piaractus mesopotamicos)
Espécie de grande porte, distribuída nos Rios da bacia Paraná e Paraguai, chega a 82cm e 18kg,
seu habito alimentar é onivoro. Possui carne de excelente qualidade, sendo uma das espécies mais
importantes na pesca comercial. Em criações tem mostrado excelentes resultados, alcançando até
2kgs em um ano de cultivo.
Este parente da Piapara proporciona momentos de muita emoção a grande parte dos pescadores
de barranco que frequentam o Pantanal. O formato geral do corpo é semelhante ao Curimbatá,
porém mais encorpado. A boca possui dentes incisiformes que lembram os do Coelho. Sua coloração
geral é cinza-escura, com as nadadeiras apresentando tons amarelados.
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Curimba (Nome Ciêntifico: Prochilodus Scrofa)
Habita Rios nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Chegam a atingir 57cm e mais de 5kg de peso,
em viveiros não se reproduz é considerada uma espécie iliófoga, se alimentando de microorganismos
e resíduos de fundo. Utilizada para consorciação.
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Reprodução Artificial de Peixes
DESOVA INDUZIDA - HIPOFISAÇÃO:
A técnica de hipofisação consiste em se utilizar hipófises de peixes doadores, para se aplicar nos peixes que serão reproduzidos. Esta técnica, foi descoberta por um alemão naturalizado brasileiro Rodolpho von Ihering considerado o pai da piscicultura Brasileira, que na década de 30, trabalhando para o DNOCS, reproduziu várias espécies brasileiras da bacia do rio São Francisco, que não se reproduziriam naturalmente em cativeiro. A técnica, abriu as portas para a reprodução dos peixes migradores, chamados reofílicos, ou de Piracema, que necessitam subir o rio para desovarem, e que até então não eram reproduzidos artificialmente.
Apesar de hoje existirem outros hormônios no mercado como: LHrH, Gonadotrofinas, HCG, prostaglandinas, etc, a hipófise ainda é a mais utilizada na técnica original, e hoje é encontrada dessecada e pronta para utilização.
A hipofisação permite a coleta dos óvulos em bacias onde é feita a fertilização ‘a seco o que produz índices de fertilização e sobrevivência perto de 100%, sendo que na natureza a sobrevivência final não passaria de 1%. A técnica exige uma estrutura mínima de aquários e artefatos para a incubação de ovos e larvas em condições controladas e é hoje a mais utilizada nas estações de produção de alevinos.
Reversão Sexual de Tilápias
A técnica de reversão sexual em tilápias iniciou-se com os trabalhos pioneiros de Guerreiro na década de 70, foi aperfeiçoada na década de 80 e muito divulgada na década de 90 (Popma e Greem, 1990). A técnica é baseada no fato de que as larvas de tilápia recém nascidas são indiferenciadas sexualmente (sem sexo definido) e podem ser desencadeadas para a serem machos, ou seja, as possíveis fêmeas são revertidas para machos com a alimentação destas larvas com ração contendo andróginos.
A técnica é utilizada no mundo todo para a criação de tilápias, por principalmente 2 motivos: O primeiro e o mais importante é que os machos crescem mais do que as fêmeas, por isso se criando somente machos o crescimento total será muito maior. O segundo motivo é que as fêmeas de aproximadamente 50 g já começam a se reproduzir e causam a superpopulação nos tanques com a parada do crescimento de todos os peixes. O problema é tão grande, que é economicamente inviável a criação de machos e fêmeas juntos.
Garantia dos Alevinos
Os alevinos produzidos pela Piscicultura Piracema estão garantidos para reposição
em caso de mortalidade, nos seguintes termos:
• Pelo prazo de 03 dias a partir da entrega e que seja comunicado.
• Desde que conservados (formol ou congelado) para a comprovação e contagem.
OS ALEVINOS NÃO SERÃO REPOSTOS NOS SEGUINTES CASOS:
•Quando os mesmos forem soltos em águas impróprias para a sobrevivência.
•Quando ultrapassar o prazo para soltura de 06 horas após embalados em oxigênio.
•Quando os alevinos forem soltos em caixas dágua ou tanques-redes.
•Quando se proceder qualquer tratamento com produtos químicos no tanque, antes
ou depois da soltura dos alevinos.
•Quando não se tomar os cuidados necessários para a soltura dos mesmos.
•Quando forem transportados sob sol quente, sem proteção.
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Informações relacionadas aos cuidados no inverno
A Temperatura:
A temperatura é a medida da quantidade de calor e pode ser medida em graus com um termômetro. Na água dizemos que ela está quente ou fria mas para saber ao certo a temperatura devemos sempre utilizar o termômetro que deve estar mergulhado na água para que seja medida. A temperatura deve ser medida na água que entra, na superfície, e no fundo do tanque. A temperatura ideal para a criação das espécies tropicais está entre 25 a 30 graus. Um bom piscicultor deve possuir um termômetro para um controle da temperatura dos seus tanques, que deve ser sempre anotada nas fichas.
A Água:
A temperatura do ar é diferente da temperatura da água, e quando esfria rapidamente com a chegada de uma frente fria, a água dos tanques demora alguns dias para esfriar. E nós devemos fazer o máximo para que a água permaneça por mais tempo, o mais quente possível, o que evita o estresse dos peixes. Normalmente a água dos tanques aquece de dia com o sol e esfria a noite. Por isso em temperaturas de inverno devemos renovar o mínimo possível a água dos tanques pois a água que entra geralmente é mais fria, esfriando a água do tanque. Em dias frios seguidos só devemos renovar a água de dia e com o sol quente.
Os Tanques:
Como a temperatura ambiente (do ar) cai rapidamente de um dia para o outro, os tanques maiores e mais profundos com um maior volume de água, demoram mais para esfriar, por isso devem ser preferidos para se criar peixes menos resistentes.
Espécies:
Algumas espécies de peixes, devido a sua origem, são mais resistentes ao frio que outras, por isso se pudermos escolher uma espécie para passar o inverno devemos escolher as que são mais resistentes. As carpas Húngara, Cabeçuda e Capim que são originárias da China, e o Jundiá que vem do Rio Grande do Sul, são espécies muito resistentes ao frio e a sua criação no inverno evita problemas, alem de que em temperaturas não muito frias estes peixes não param de se alimentar, e ganham peso durante o nosso inverno. Já o Pacu, o Piaucú e as Tilápias são peixes tropicais, mas tem resistido bem as condições de inverno da nossa região, no entanto em temperaturas baixas estes param de se alimentar, parando também o seu crescimento. Estas espécies devem ser criadas em tanques maiores e mais profundos. O pacú apesar de ser um peixe da bacia do Paraná é muitas vezes comercializado em cruzamentos com o pacú do Pantanal que tem maior sensibilidade ao frio. Já peixes como o tambaqui e o matrinxã, que são peixes amazônicos, tem pouca resistência ao frio e só devem ser criados em tanques bastante profundos e grandes, mesmo assim em frios intensos, tem havido problemas de mortalidades destas espécies na nossa região.
Alimentação:
Em temperaturas abaixo de 16ºC os peixes tropicais entram em “dormência” e não consomem alimentos, e não devem ser alimentados. Em dias muito frios a alimentação fornecida não será consumida o que pode acarretar problemas na qualidade da água com a fermentação destes alimentos não consumidos. Durante o inverno a alimentação deve ser fornecida em função da temperatura e quanto menor for esta, menos alimento deve ser dado aos peixes. Devemos ainda ficar atentos com a variação da temperatura e alimentar somente a quantidade que os peixes consumirem, não devendo haver sobras.
Densidade:
A quantidade de peixes por metro quadrado de tanque é um fator que pode causar estresse nos peixes e deve ser administrado para que não ocorram problemas. Antes da chegada do frio deve-se fazer a pesagem dos peixes do tanque e para evitar problemas não devemos passar de 700g de peixes por metro quadrado, ou seja estocar durante o inverno no máximo 2 tilápias de 350g ou 3 de 230g e assim por diante. Altas densidades devem ser evitadas pois durante o inverno a renovação da água dos tanques deve ser a mínima possível.
Manejo:
Como o problema do frio está relacionado com a resistência dos peixes, estes não devem ser despescados, transportados ou manejados em dias frios, pois as lesões resultantes deste serão uma porta aberta para infeções das quais os peixes terão baixa resistência. Como algumas técnicas para evitar problemas com o frio devem ser aplicadas antes da chegada de temperaturas muito baixas, devemos ficar atentos com a chegada do inverno, e medir sempre a temperatura dos nossos tanques. Situações de risco devem ser evitadas pois qualquer tratamento durante o inverno é de difícil execução e altas mortalidades podem acontecer.
Luís Eduardo F. Sanches - Zootecnista – Piscicultura Piracema Dr. Carmino Hayashi – Laboratório de Aquicultura/Dpto. de biologia - UEM
Informações relacionadas aos preparos de tanques
Secar o Tanque:
A presença de outros peixes grandes, insetos ou outros predadores, pode atrapalhar sua criação, por serem fontes de infecção, podendo ser predadores de alevinos, ou competirem por comida e espaço, além de se perder o controle sobre as quantidades de peixes nos viveiros. Os peixes podem ser abatidos ou transferidos para outro tanque.
Passar Cal Virgem:
O cal virgem deve ser aplicado por todo o fundo do viveiro e principalmente nas poças d´água logo que o tanque seque. O cal tem muitos efeitos, ele elimina larvas de insetos predadores, peixes indesejáveis, promove a descontaminação (espurgo), melhora o pH do fundo, e com o uso contínuo promove a compactação do barro do fundo. A quantidade de 100g/m 2 é o suficiente quando se seca o tanque, lembrando que o cal deve ser aplicado com o fundo ainda úmido, para que o mesmo reaja com a água (queime). Doses maiores podem ser usadas quando houve problemas de doenças, mas tendo o cuidado de realmente queimar o cal aplicado, para que este não queime depois com a colocação de água no viveiro. Por ser um produto muito caustico, deve ser usado luvas, botas e máscara na hora de espalhar o cal..
Deixar o Tanque Seco:
ara que haja uma total eliminação dos predadores e a descontaminação, o ideal é que o viveiro fique seco e exposto ao sol por no mínimo 15 dias. Sendo este tempo dobrado quando houve algum problema de doença. Esta exposição ao sol além de eliminar predadores, ajuda na compactação do fundo e liberação de nutrientes. O tanque também não deve ficar seco por mais de 60 dias, pois vai haver a invasão de plantas, além de provocar rachaduras que podem em alguns casos, causar infiltração nos aterros.
Previsão Da Estocagem De Alevinos:
Com o tanque seco o Piscicultor deve fazer contato com seu fornecedor de alevinos, e planejar a data da entrega, as espécies a serem criadas, consórcios, etc, para que o tanque preparado não fique muito tempo sem os alevinos, o que pode causar prejuízo na sobrevivência destes com o aparecimento de insetos predadores.
Calagem:
O calcáreo pode ser aplicado com o tanque ainda seco sendo o ideal que este seja incorporado ao fundo do viveiro, proporcionado uma calagem de efeito mais duradouro. Mas a distribuição de calcáreo também pode ser feita sobre a água na enchida do tanque, espalhando-se o mesmo por toda a superfície e principalmente na entrada da água.
Adubar e Encher o Tanque:
O adubo é utilizado para promover a produção de plâncton, que é o alimento vivo e natural para os alevinos, e que promove um rápido crescimento inicial podendo corrigir eventuais falhas na alimentação inicial e também está disponível para os alevinos o tempo todo, assegurando a sua sobrevivência. O adubo pode ser espalhado por todo o fundo do viveiro, em tanques grandes, ou misturado com a água na hora de encher o tanque. Podem ser utilizados estercos frescos de animais que forem disponíveis na propriedade, como de vacas, porcos, carneiros e aves. Na entrada de água o esterco tem que ser dissolvido e misturado na água e não ficar boiando, ou em pedaços grandes, por isso deve ser o mais fresco possível. Para utilizar a cama de frango este deve ser colocado em tambores e previamente dissolvido e coado para que a maravalha ou cepilho seja separado e não adentre a água, pois este produto demora para decompor e ficará no fundo, poluindo a água do tanque. A cama de frango também pode ser colocada em sacos permeáveis que serão amarrados em volta do tanque, sendo sacudidos regularmente para que o caldo adentre a água. Quantidades de 500g de esterco por m 2 de tanque geralmente são o suficiente para promover o crescimento do plâncton. Com a previsão da chegada dos alevinos o tanque deve ser enchido em torno de 7 dias antes da soltura dos alevinos, para que já tenha uma grande quantidade de plâncton (alimento natural) mas ainda não exista a presença de predadores. De preferência deve ser colocado telas nas entradas de água para evitar a entrada de peixes indesejáveis, girinos, insetos e peixes predadores que vem com a água. Deve-se manter o nível da água pela metade do tanque, ou aproximadamente 60 cm de altura no meio para que aumente a passagem de luz do sol pela coluna dágua, o que promove maior produção de plâncton, devendo ser novamente colocado para encher somente depois de estocado os alevinos. A cor verde na água é o indicativo da presença de plâncton. Se por acaso a água não esverdear alguns dias após adubada, indica um desbalanceamento dos nutrientes nitrogênio e fósforo (N e P), o que normalmente é corrigido com a aplicação de mais calcáreo e uma nova adubação.
Estocagem Dos Alevinos:
proximadamente 7 dias depois de enchido, o viveiro deve receber os alevinos, que devem ser transportados na sombra e de preferência nas horas mais frescas. Se passar mais de 10 dias sem serem soltos os alevinos, o tanque deve ser novamente seco e adubado, pois haverá muitos insetos predadores na água. Para melhores resultados o piscicultor deve alimentar os alevinos com uma ração em pó bem fina que deve ser espalhada por toda a lateral do tanque, várias vezes por dia quando o piscicultor poderá avaliar o crescimento e a saúde dos alevinos. Não desanime se os alevinos não aparecerem para comer nos primeiros dias, diminua a quantidade mas não pare de alimenta-los, que aos poucos eles aparecerão, e será possível ao piscicultor dosar bem a ração que deve ser prontamente consumida pelos alevinos. Pelas próximas semanas que se seguem o piscicultor deve manter a água sempre verde conseguida com a readubação regular a cada 3 dias, isto dificulta a predação além de diminuir a incidência do sol e proporcionar alimento natural. Muitos pássaros se alimentam dos pequenos alevinos, e devem ser espantados dos viveiros ou até coberto com telas, já lontras podem ser controladas com cercas de tela ou espantadas amarrando-se cães próximo aos aterros dos tanques.
Um bom preparo dos viveiros deve assegurar a sobrevivência dos alevinos, que é marcada pelo rápido crescimento inicial destes, ou seja, quanto mais rápido os alevinos crescerem, maior será a sobrevivência, pois maiores, eles conseguem fugir dos predadores.
Luís Eduardo F. Sanches - Zootecnista – Piscicultura Piracema
Modelos de Piscicultura
a) Piscicultura Extensiva:
É aquela que encontramos em lagos, represas, rios e tanques abandonados. Neste modelo não há controle de nenhum fator. Na qual sua produtividade varia de 5 a 20 gr / m2 / ano.
b) Piscicultura Semi- Extensiva:
Modelo no qual os peixes são introduzidos e alimentados a contento, na qual sua alimentação principal é a base de plâncton. Já sua produtividade varia de 0,2 a 0,3 Kg / m2 / ano.
c) Piscicultura Intensiva:
Aqui os peixes são introduzidos ; Os alevinos são protegidos contra predadores ; controla-se o fluxo da água, PH da água. A alimentação é balanceada e seu fornecimento controlado ; No qual efetua-se um manejo adequado através da: Adubação da água, Adubação de fundo, Despesca e esterilização do fundo dos tanques, Alimentação, etc. A sua produtividade varia de 0,8 a 1,0 Kg /m2/ ano. Com rigoroso controle da qualidade da água, volume alto de troca de água e oxigenação artificial pode-se obter até 2,0 Kg /m2/ ano.
d) Piscicultura Super-Intensiva:
Nesse método o controle é altíssimo, temperatura, quantidade de sais dissolvidos, PH e oxigenação da água e sanidade dos animais. O sistema é desenvolvido em regime de confinamento. No qual são obtidos até 100 Kg /m3 de água/ ano. (Praticado nos EUA, Japão e Holanda.)
Luís Eduardo F. Sanches - Zootecnista – Piscicultura Piracema
Requisitos Básicos Para Iniciar Na Atividade
Dispor de local adequado p/ a construção dos tanques: Terrenos bem expostos ao sol, com topografia pouco acentuada aceitando máquinas.
Dispor de bastante água em volume suficiente e de boa qualidade. Recomenda-se 1lt /seg./ 1000m2 de tanque.
Controle de água e saída d’agua dos tanques.
Local de fácil acesso.
Dispor de mão de Obra sempre que preciso e próxima ao local para manejo da criação.
Dispor de capital inicial que varia de R$ 0,50 a 1,00 /m2.Estar consciente do ingresso em uma atividade que envolve empenho, custos e riscos.
Luís Eduardo F. Sanches - Zootecnista – Piscicultura Piracema
Aspectos básicos na construção dos tanques
a) Fonte de água, volume e entrada de água:
Para utilização de qualquer fonte d’água, mina, córrego, é necessária a solicitação de seu uso junto ao IAP ( SUDERSA ), através da Outorga do uso de Águas.
Para abastecer os viveiros o ideal é que se disponha de uma fonte de água isenta de poluição. As minas apresentam excelente qualidade. Em grandes projetos onde a quantidade necessária é elevada, a derivação de água dos rios é a alternativa.
O volume total necessário para cada 1.000 m2 gira em torno de 1lt/seg. Deste total 0.58 lt/seg, são utilizados para a renovação de água e o restante são normalmente consumidos pela evaporação e infiltração. O barramento das águas dos córregos pequenos, não sujeitos a enxurradas, com vazão conhecida pode-se utilizar represas de terra. Quando se tratar de rios com vazão maior deve-se procurar um profissional competente. Para o transporte de águas em canais utiliza-se declividades entre 0,05% e 0,2% , o que representa desnível de 5 a 20cm a cada 100m de canal.
Para controlar a entrada de espécies predadoras ou competidoras recomenda-se a construção de caixa de brita ou filtro. Eles devem ser instalados no canal de abastecimento de água e precisam ter área 2 a 3 vezes maior que a seção do canal para aumentar a superfície de filtragem, pois retém a água. Consistem em construir uma coluna de cascalho ( espessura de 10cm) entre duas grades, interceptando a água do canal.
Outra alternativa é a instalação de caixa com telas de mosqueteiro logo abaixo do bocal do tubo de abastecimento, na entrada do tanque.
b) Tamanho e localização dos Viveiros:
Devem ser construídos preferencialmente fora do leito dos córregos ou minas. Sua locação em nível proporciona melhor aproveitamento e geralmente economia na sua construção.
Seu fundo deve possuir uma certa declividade ( 0,5 - 1,0 % ) para permitir o esgotamento total da água. Este detalhe bastante simples facilita sobremaneira o manejo e a despesca dos peixes.
Três critérios devem ser analisados para o dimensionamento dos tanques:
O 1º diz respeito a disponibilidade de mão de obra para despesca que demandará bastante trabalho.
O 2º é relacionado ao mercado alvo da produção. Os peixes necessitam ser rapidamente transportados para a Feira, Supermercado ou Industria e na criação devidamente planejada a produção ou despesca de um tanque deve considerar a demanda do mercado naquele momento.
E o 3º é adequar o dimensionamento do tanque ao terreno de forma a obter a maior economia na sua construção.
Normalmente são considerados de bom tamanho aqueles que possuem de 1.000 a 5.000m2. Outro detalhe importante para os iniciantes é que devem ter pelo menos 2 tanques para poderem manejar adequadamente a produção, fazer a despesca e colocar aqueles peixes menores em outro tanque.
A presença de um profissional é bastante importante para planejar e executar a sua construção com racionalidade e economia.
c) Rendimento das Máquinas:
Os viveiros podem ser construídos com Pás Carregadeiras, Escavadeiras Hidráulicas ( Poclain ) ou Esteiras. Porém os melhores tanques são obtidos quando se utilizam as Esteira e Pás Carregadeiras, pois ao construir os taludes (barrancos) elas compactam melhor suas bordas internas o que confere ao talude menor infiltração, maior resistência e maior durabilidade. Seque abaixo parâmetros de rendimento de máquinas em m2 construídos para cada hora de máquina trabalhada nos solos derivados do Basalto (terra roxa) em terrenos firmes.
Parâmetros de rendimento de máquinas na construção de viveiros.
Parâmetros de Rendimento
Tipo de Máquina
Potência
Rendimento em m2 de viveiro p/ Hora-Máquina.
Esteira D-4 ou D-7
70 - 80 CV
35 - 40
Esteira D-5, FD-9 ou FA120
110 - 120 CV
50 - 80
Esteira D-6 ou D6-E
130 -140 CV
100 - 120
Pá carregadeira W 20, 75-B ou FR-12
120 - 130 CV
60 - 120
Retro Escavadeira Hidráulica Poclain ou 80 CR
90 - 100 CV
70 - 80
d) Profundidade dos Tanques:
Os tanques devem ter profundidade em torno de 0,8 a 1,5m. A construção de tanques muito profundos é desnecessária, torna-os caros pela maior necessidade de terraplanagem. A luz, fundamental para a piscicultura, não penetra na lâmina d’água a mais que 1 metro de profundidade, o que torna as camadas abaixo de 1 metro de profundidade pouco aproveitadas pelos peixes.
e) Altura, Largura do Talude e Borda Livre :
No momento da construção, deve-se deixar o Talude mais alto que a altura da lâmina d’água (* de 0,7m a 1,0m *) . Com o passar do tempo o dique irá assentar, devendo permanecer uma borda livre para maior segurança. A inclinação dos taludes, na Terra Roxa, pode ser de 2:1 na parede interna e até 1,5:1 na parede externa. E nos taludes, nas áreas arenosas, pode ser de 2,5:1 na parede interna e até 2:1 na parede externa. A largura da crista deve estar entre 2 mt para taludes mais baixos e até 5mt para taludes mais altos ou onde é necessário o acesso com trator ou caminhão.
f) Saída D’Água :
É importante que a água do tanque seja renovada na proporção de 5% de seu volume por dia, pelo menos no final da engorda para que se possa obter boa produtividade. Por exemplo: um tanque de 1000m2, com média de 1m de profundidade tem volume de 50 m3 por dia ( ou 0,58 lt/seg). A verificação da vazão na tubulação de esgoto é facilmente realizada ao encher um balde de volume conhecido, anotando o tempo que levou para encher. Os peixes como todos os outros seres vivos eliminam dejetos que vão se acumulando no fundo do viveiro. Nesses dejetos existem substâncias tóxicas, causadora de doenças e de redução no desenvolvimento dos peixes. A retirada da água pelo fundo facilita sua eliminação. Quando a água é coletada pela superfície há como que uma erosão na lâmina d’água, Causando o arrastamento das algas e microorganismos ali presentes que servem de alimento aos peixes. A saída ou descarga deve ocorrer sempre retirando-se a água do fundo do tanque.
g) Diâmetro da Tubulação de Saída:
O volume do tanque e o tempo necessário para seu total esgotamento é que determinam o diâmetro da tubulação da saída do monge. Essa tubulação deve possuir um
diâmetro tal que proporcione o esgotamento rápido (em tempo adequado : 8 a 10 hs numa noite.) de um tanque por ocasião de despesca. Outro ponto a ser observado para definir o diâmetro da tubulação da descarga é a intensidade das chuvas . A tubulação de descarga deve ser suficiente para dar vazão a água que entra normalmente no viveiro mais aquela das chuvas pesadas .
Segue abaixo informações sobre a vazão proporcionada por diferentes diâmetros de tubulações em diferentes alturas de coluna d’água (diferença de nível entre a lâmina d’água da represa cheia e o bocal de saída da tubulação de esgoto.
Tempo médio calculado em horas para esvaziamento de tanques de diversos volumes e diâmetros de tubulação:
Tempo Médio Calculado
Diâmetro do Tubo em polegadas milímetros
Área do viveiro em m2 e Volume em m3
3” - 75mm
14,0h - x - x - x
4” - 100mm
8,0h - x - x - x
5” - 130mm
4,5h - 9.0h - x - x
6” - 150mm
3,5h - 7.0h - 11.5h - 14.0h
8” - 200mm
2,0h - 4.0h - 6.0h - 8.0h
Diâmetro recomendado para tubulação de descarga dos monges em função do tamanho dos viveiros:
Diâmetros para Tabulação
Areá dos Viveiros
Diâmetro da Tabulação em Cm
Drenagem em Polegadas
Menor que 400m2
10 - l5
4 - 6
400 a 1.200m2
15 - 20
6 - 8
1.200 a 5.000m2
20 - 30
8 - 12
5.000 a 20.000m2
30 - 40
12 - 16
Luís Eduardo F. Sanches - Zootecnista – Piscicultura Piracema
Materiais e Equipamentos
a) Tarrafas:
É utilizada para fazer as amostragens para a verificação do peso e tamanho dos peixes. Deve ser confeccionada em malha que o material não provoque ferimento e danos a pele ou escamas. A tarrafa não deve malhar os peixes.
b) Arrastões:
Na compra de um arrastão, assim como tarrafa, é importante escolher aquele tamanho dos peixes. As linhas de nylon geralmente provocam sérios danos.
Outro detalhe importante é o tamanho e a altura deste equipamento em relação ao tamanho e profundidade dos tanques. Um arrastão eficiente deve ter no mínimo um comprimento 50% maior que a largura do maior tanque da propriedade e uma 2 vezes maior que a profundidade do viveiro.
Segue abaixo algumas informações para aquisição das tarrafas e arrastões.Malhas mais usadas na piscicultura.
Malhas mais Usadas
Malha entre Nós
Tipo de Altura Fio
Finalidade
5mm
210/06 3,6m
( 400 malhas Alevinos menores de 5cm )
8mm
210/08 2,8m
( 200 malhas Alevinos maiores que 5cm )
12mm
2210/12 4,4m
( 200 malhas Juvenis maiores que 10cm )
13mm
210/18 3,2m
( 100 malhas Juvenis / Adultos de Tilápias )
18mm - 20mm
210/24 3,8m
( 100 malhas de Pesca pesada e Reprodutores )
20mm
210/24 3,8m
( 75 malhas ) de Pesca Tradicional
25mm - 20mm
210/36 3,6m
( 400 malhas de Pesca para maiores que 1kg )
c) Alimentadores Automáticos:
Proporcionam um maior parcelamento do fornecimento de ração, melhor aproveitamento da ração pelos peixes, reduzem perdas e facilitam a mão de obra.
d) Aeradores:
Auxiliam na oxigenação adicional ao viveiro. São utilizados para aumentar a capacidade de estocagem.
e) Disco de Secchi:
É utilizado para fazer avaliações semanais da transparência da água e no manejo do plâncton existente nos viveiros .
A medida de transparência é feita afundando-se o disco na água, (com o sol a pino e sem sombra), quando não for mais possível distinguir a divisão entre as cores preta e branca do disco anota-se a medida observada na fita métrica. Essa é a medida do disco de Secchi. E deve estar entre 20 a 40 cm ( o ideal é entre 25- 30 cm).
f) Balanças, Réguas e Termômetro:
São importantes para fazer as avaliações de tamanho, peso e temperatura da água periodicamente. Auxiliando na determinação da quantidade de ração fornecida e manejo da criação.
g) Conjunto de Macacão e Botas Impermeabilizados:
É um acessório de segurança ao piscicultor.Possibilita a entrada nos viveiros sem se molhar, facilitando os trabalhos de manejo e despesca.
Qualidade das Águas para Piscicultura
a) Parâmetros Biológicos da Qualidade da Água:
As águas provenientes de despejos industriais ou urbanos são normalmente inadequados a piscicultura comercial. Muitas vezes apresentam metais pesados (provenientes de curtumes), derivados de petróleo (contaminadas com resíduos de postos de gasolina e lavadores de automóveis), ou mesmo uma carga elevada de material orgânico ( provenientes de lagoas de decantação de industrias e tratamento de esgotos domésticos ). Para serem aproveitadas necessitam de tratamento especial que pode encarecer a engorda.
A presença destes poluentes matam ou inibem o desenvolvimento de organismos benéficos aos peixes dentro dos viveiros.
Estes organismos benéficos constituem o chamado PLÂNCTON do viveiro, que pode ser classificado em porções de acordo com suas características de vida.
A porção chamada de Fitoplâncton é constituida de pequenas plantas aquáticas ( Algas que conferem a coloração esverdeada das águas ) que fornecem boa parte do oxigênio e uma parcela da alimentação necessária aos peixes.
Outra porção chamada de Zooplâncton assim como o Fitoplâncton são importantes fonte de alimento para todas as espécies de peixes, quando estes se encontram nas formas mais jovens (Larvas ou Alevinos), já para outras espécies é o alimento principal desde a fase de plâncton até a fase adulta.
O desenvolvimento desses organismos aquáticos é necessário para o sucesso da piscicultura comercial.
O FitoplÂncton é responsável pela produção de oxigênio durante o dia e mantém o equilíbrio biológico da água evitando até problemas de doenças. Por outro lado seu excesso pode prejudicar o desenvolvimento dos peixes e até mata-los.
Felizmente o homem pode interferir para controlar sua falta ou excesso no meio aquático, o que aprenderemos logo a seguir.
As exigências ambientais para o desenvolvimento desses organismos são semelhantes a dos peixes.
Trataremos a seguir alguns fatores a serem considerados para que possamos ter:
População adequada de plâncton;
Boa qualidade de água;
Ambiente favorável ao crescimento e engorda dos peixes.
b) Parâmetros Físicos e Químicos da Qualidade da Água: b.1) Luz e Temperatura:
A exposição dos viveiros ao sol é de grande importância. A luz fornece energia ao Fitoplâncton para que esse se reproduza e forneça oxigênio a água. O Fitoplâncton por sua vez serve de alimento ao zooplâncton e aos peixes, formando uma cadeia alimentar.
A luz, através dos raios U.V. (Ultra Violetas) atua como esterilizante para boa parte de microorganismos maléficos.
Na construção dos viveiros é importante evitar pontos de sombreamento. E ao implantar árvores ou arbustos para embelezar o local ou sustentar os aterros deve se evitar o plantio nas faces Leste, Oeste e Norte.
O sol fornece ainda calor necessário ao bom desenvolvimento dos peixes. As águas muito frias como acontece em algumas minas causa a diminuição no crescimento dos peixes. As águas quando passam por canais normalmente sofrem aquecimento .
Na coluna de água a luz penetra até 3 vezes a medida da profundidade no disco de Secchi, assim não alcança profundidades maiores que 1mt, quando a medida do disco de Secchi alcançar em torno de 33cm (condição considerada boa para engorda), por isso não é dispensável a construção de viveiros muito profundos, exceto quando se tratar de espécies sensíveis.
b.2) PH:
O PH é uma medida do índice de acidez dos solos e das águas . Influi diretamente na vida dos peixes.
Pode ser medido na coluna da água com auxílio de aparelhos sofisticados ao até o mais simples com papel Tornassol.
A melhor água para piscicultura é aquela que tem reação neutra ou ligeiramente alcalina ou seja com PH na faixa de 7 a 8. A maioria dos organismos aquáticos estão adaptados a essa faixa de PH. Existe espécies que são adaptadas a outros níveis e até suportam valores mais baixos ou mais altos.
Tão importante quanto o nível preferido ou ideal é a sua variação diária. Elas são muito pouco suportadas pelos peixes e quando muito bruscas podem até levá-los a morte. As larvas e os alevinos são ainda mais sensíveis a essas alterações. As condições biológicas são muito melhores em uma água com PH constante do que naquelas sujeitas a variações muito bruscas.
Podemos observar que naturalmente no viveiro, durante o mesmo dia há variações dos níveis de PH gerados pelos próprios organismos de acordo com sua maior ou menor atividade respiratória ou fotossintética.
Observa-se, que a partir das 6:00 hs da manhã (durante o dia, com tempo limpo) a atividade fotossintética das algas (fitoplâncton) consomem Gás Carbônico (Co2) e injetam Oxigênio (O2), diminuindo a formação de Ácido Carbônico e a redução dos índices de PH quando chegarmos ao amanhecer do dia.
Para que se possa ter uma noção da variação de PH devem ser realizadas medidas pela manhã e ao entardecer. Quando essa variação diária for maior que 1.5 pontos na escala, algumas providências devem ser tomadas. Discutiremos o assunto na seção Manejo da Criação no item Calagem.
b.3) Oxigênio:
O principal responsável pela produção de oxigênio na água é o fitoplâncton. Esse fenômeno acontece durante o dia. Durante a noite o fitoplâncton, zooplâncton e os peixes através da respiração consomem boa parte do oxigênio produzido durante o dia. Por conseqüência deste processo os maiores teores do oxigênio na água são encontrados ao final da tarde e os menores teores no início da manhã.
O Excesso de fitoplâncton pode produzir elevados teores durante o dia, o que não é problema, pois esse excesso é perdido para o ar. Mas por outro lado, durante a noite podem consumir grande quantidade de oxigênio provocando grande estresse nos peixes, ou até a morte.
Assim, o controle da população de fitoplâncton evitando seu excesso ou a falta é de grande importância na regulação dos níveis de oxigênio disponível aos peixes e do PH da água.
A presença desse organismo pode ser notada pela coloração da água que fica esverdeada. E a quantidade pode ser avaliada pelo uso do disco de Secchi. Ao mergulhar o disco na água ele deverá desaparecer entre 25 a 30 cm de profundidade.
Quando o disco desaparecer a uma profundidade menor que 20 cm deve-se providenciar a retirada do excesso de fitoplâncton através do aumento da vazão de entrada no viveiro e a suspensão de qualquer tipo de adubação e as vezes até a alimentação dos peixes.
Porém quando o disco estiver desaparecendo a profundidades maiores que 40 cm significa que dispomos de uma população pequena de fitoplâncton, pequena produção de oxigênio, pouco alimentação natural. Nessa situação deve-se proceder a adubação orgânica e química e a redução do volume de troca de àgua do viveiro.
b.4)Compostos Nitrogenados:
Quando é fornecida ração suplementar aos peixes uma grande quantidade de Nitrogênio entra no sistema na forma de Amônia,Nitritos e Nitratos.
Desses compostos o mais comum é a Amônia e quando em quantidades adequadas são bem aproveitados pelo fitoplâncton para o seu crescimento. Porém quando em quantidade elevadas (que normalmente ocorre no final do cultivo, quando se fornece grande quantidade de ração) podem tornar-se tóxicos. E podem chegar a matar peixes especialmente quando o PH da água é muito alto (final da tarde). Os níveis elevados de Amônia são percebidos quando o fitoplâncton tem um desenvolvimento muito vigoroso ou pela avaliação com o instrumento adequado.
Um dos sintomas desse excesso nos peixes pode ser observado quando eles estão boqueando na superfície d’agua, no período da tarde mesmo com sol (bastante oxigênio disponível).
As medidas mais eficazes para a diminuição da Amônia tóxica são: O acompanhamento semanal do PH procedendo-se as calagens de cobertura quando necessárias. A suspensão ou diminuição do fornecimento de ração. E o aumento da troca de água do viveiro.
Manejo da Criação
a) Calagem:
Para realizar essa operação, recomenda-se, a retirada de amostras de solo para análise a fim de corrigir o solo do tanque com maior eficiência. Para aqueles de menor área alguns parâmetros práticos poderão ser seguidos.
No caso de realizar a calagem antes do primeiro povoamento do tanque pode-se aplicar calcário a base de 0.5 kg/m2. A aplicação do calcário nas bordas e em todo o aterro é importante para que a grama plantada possa ter um bom desenvolvimento.
Após o primeiro cultivo procede-se a calagem e a desinfecção com a Cal Virgem (0.3-0.4kg/m2). Pode-se eliminar ou até reduzir a quantidade de calcário para calagem do tanque em solos mais férteis. Em solos muito ácidos, após a desinfeção, aplica-se ainda no fundo do tanque, no dia seguinte, calcário a base de 250 g/m2.
Para correção de PH com o tanque povoado de peixes pode-se utilizar até 5gr/m2 de cal hidratada ou até 10 g/m2 de calcário, dilui-se previamente e depois espalha-se por toda lâmina. Ou ainda coloca-se o produto numa balsa ( bacia perfurada e sustentada por bóias) fazendo esta caminhar pela superfície do tanque. É importante que se monitore as condições de PH. Após o terceiro dia de efetuada a calagem já é possível avaliar as alterações de PH.
Alguns cuidados devem ser observados antes da introdução dos alevinos depois da desinfecção, calagem, adubação química ou orgânica. Deve-se encher o viveiro e somente após 1 semana de cheio é que pode introduzir os peixes. Esse tempo é necessário para que as reações químicas aconteçam.
b) Desinfecção de Tanques:
Aquele piscicultor que já possui o tanque, logo após a despesca, deverá proceder como medida preventiva, a desinfecção de seus tanques. Os peixes como todo animal também possui doenças provocadas por fungos, bactérias, vírus, vermes, etc. Esse procedimento serve também para eliminar ovos, larvas e alevinos de peixes indesejáveis (Traíras, etc.). Nesta operação pode-se utilizar a “Cal Virgem” na dose de 0,2 até 0,4 Kg/m2, aplicada na superfície de todo o tanque . A exposição ao Sol , o Formol, o Hipoclorito de Sódio ( Q-Boa ), Soda Cáustica (1 Litro/m3 de solução a 10% ) e Sal Comum, também podem ser utilizados.
c) Adubações Químicas e Orgânicas - Considerações Importantes:
A adubação de base assim como a de cobertura tem por finalidade fornecer nutrientes para que os microorganismos aquáticos possam se desenvolver. Estes microorganismos também chamados de plâncton, são alimento natural dos peixes e produzem oxigênio durante o dia. Na piscicultura intensiva o alimento natural (plâncton) é considerado como complemento da ração fornecida. Este tipo e alimento é bastante importante para alimentação dos alevinos na fase mais jovem.
No plâncton existente em uma represa existem algas, bactérias e minúsculos animais. As algas (também chamadas de fitoplâncton ) são encontradas em grande proporções e dão a água uma coloração esverdeada. Servem de alimento e são fundamentais na produção de Oxigênio durante o dia. Durante a noite, na ausência de luz, as algas necessitam consumir o Oxigênio para sobreviver. E quando a população de algas está desequilibrada (muito grande) podem causar a morte de peixes e até a sua própria morte por falta de oxigênio.
A adubação de cobertura é necessária para o bom desenvolvimento do plâncton (Algas, bactérias e animais microscópicos). Porém deve ser realizada com bastante critério, principalmente por aqueles que estão iniciando na atividade. Um excesso de adubação química ou orgânica na água pode provocar o excesso de crescimento da população de plâncton.
Um parâmetro utilizado para avaliar a quantidade fitoplâncton é a transparência da água do tanque. As águas esverdeadas contêm maior quantidade de fitoplâncton que aquelas mais transparentes. Após 3 - 4 dias depois de uma adubação Química ou Orgânica pode se avaliar efeito da adubação pela quantidade de plâncton produzida. É bastante simples:
Quando a medida do disco de Secchi for maior que 40 cm ( com a água esverdeada) significa que a água está bastante transparente e existe pouco fitoplâncton (algas), deve-se voltar a adubar.
Quando a medida do disco de Secchi for menor que 20 cm (com a água esverdeada) significa que a água está pouco transparente e a população de fitoplâncton está muito elevada. E que qualquer adversidade ambiental, como alguns dias nublados podem provocar morte dos peixes. Deve-se então suspender a adubação Química e Orgânica imediatamente, providenciar maior entrada de água no tanque e até suspender a adubação.
As adubações Química e Orgânica de base são realizadas no início ou após a despesca dos peixes. Caso o viveiro já tenha conseguido uma boa produção de plâncton na engorda anterior ou que o viveiro possua muito lodo no fundo a adubação Orgânica pode ser dispensada.
c.1) Adubação Química.De Base:
Recomenda-se, antes do povoamento, a aplicação, no fundo do tanque, de adubos fosfatados. Pode-se utilizar Super Fosfato Simples ou formulado 00-20-20, s base de 50gr / m2. O Yorim também pode ser aplicado na dose de 100gr/m2, nesse caso pode-se substituir a calagem, mas não a desinfecção. A aplicação nas bordas e taludes também é interessante para que a grama plantada para proteção possa desenvolver-se mais rápida.
As adubações Nitrogenadas poderão ser realizadas em cobertura com boa eficiência, principalmente em viveiros de segundo cultivo em diante.
De Cobertura:
Segue abaixo sugestão de adubação química de cobertura. Dentre os elementos necessários o mais importante é o fósforo devido sua escassez em nossos solos.
É necessário o acompanhamento da transparência da água com o disco de secchi na definição das doses.
Deve-se ser evitar as super-dosagens pesando-se os adubos e adicionando as dosagens corretas.
Sugestão para a adubação Química em cobertura: Adubação Em gramas / m2:
Adubação Química
PH da Água
Sulfato de Amônia
Super Fosfato Simples
Cloreto de Potássio
6,0 - 6,5
4,0
6,0
1,0
6,6 - 6,7
3,5
5,0
1,0
7,1 - 7,5
3,0
4,5
1,0
A distribuição pode se feita diluindo-se primeiramente o adubo num balde de água e depois jogando na área próxima a entrada d’água ou ainda colocando-se dentro de um bacia de alumínio furada apoiada numa bóia. Nos casos onde a água está parada, sem troca, o adubo dissolvido deve ser espalhado por toda a lâmina de água.
É importante não jogar diretamente o adubo granulado no tanque pois os peixes poderão ingeri-lo acarretando problemas, além de colocá-los praticamente no fundo.
A adubação Nitrogenada é realizada quando não há disponibilidade de adubos orgânicos ou de forma a suplementar a adubação orgânica. .
Na adubação a base de Fósforo pode-se substituir o Super Simples pelo Super Fosfato Triplo reduzindo a dose a 60% do recomendado acima.
Cerca de 4 a 5 dias após a adubação a transparência tenderá a diminuir e a água deve esverdear. Caso isso não ocorra até uma semana após a adubação deve-se voltar a adubar.
c.2) Adubação OrgânicaDe Base:
A adubação orgânica de base é importante para o rápido estabelecimento do Plâncton, importante alimento aos alevinos. E para diminuição da infiltração naquelas represas novas. Poderá ser espalhado no fundo logo após a calagem ou desinfecção, e junto com a adubação química. Segue abaixo recomendação de acordo com o tipo de adubo orgânico, conforme tabela.
Sugestão para adubação Orgânica de Base em gramas por m2:
Adubação Orgânica
Esterco de Cural
de Suínos
de Poedeiras
Cama de frango ( usar somente quando estive decomposto )
gr / m2 1.000 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente no fundo
300 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente no fundo
250 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente no fundo
600 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente no fundo encher e esperar decompor totalmente.
Caso o viveiro já tenha conseguido uma boa produção de plâncton na engorda anterior ou que o viveiro possua muito lodo no fundo a adubação orgânica pode ser dispensada.
Quando for necessário fazer a introdução dos alevinos logo em seguida (uma semana) não deve adicionar estercos verdes (ainda não fermentados).Caso estejam verdes diminuir a dose e respeitar o período de pelo menos 15 dias.
De Cobertura:
A adubação Orgânica em cobertura deve seguir os mesmos critérios da adubação química, quando a água esverdear muito deve-se cortar a aplicação e quando não surtir efeito repete-se a aplicação após uma semana . Segue abaixo recomendação mensal e semanal, respectivamente:
Sugestão MENSAL para adubação Orgânica em cobertura em gramas / m2:
Adubação Orgânica
Esterco de Cural
de Suínos
Cama de Frango
De Poedeiras
gr / m2 200 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente sobre a lâmina d’água
150 - OBS: Espalhar sobre a lâmina d’água. Só canalizar diretamente do chiqueiro quando for possível suspender o fluxo quando for necessário
80 - OBS: Peneirar ( retirar a serragem ) Triturar e espalhar sobre a lâmina d’água
50 - OBS: TTriturar e espalhar sobre a lâmina d’água
Sugestão SEMANAL para adubação Orgânica em cobertura em gramas / m2:
Adubação Orgânica
Esterco de Cural
de Suínos
Cama de Frango
De Poedeiras
gr / m2 30 - OBS: Triturar e espalhar uniformemente sobre a lâmina d’água
25 - OBS: Espalhar sobre a lâmina d’água.Só canalizar diretamente do chiqueiro quando for possível suspender o fluxo quando for necessário
10 - OBS: Peneirar (retirar a serragem) Triturar e espalhar sobre a lâmina d’água
10 - OBS: Triturar e espalhar sobre a lâmina d’água
Introdução ao Alevino
Alguns cuidados devem ser observados para antes da introdução dos alevinos, observando o programa abaixo: PROGRAMA PREVENTIVO DE PREPARAÇÃO DE VIVEIROS PARA POVOAMENTO: Número de dias após Despesca: 0- final da despesca: 1- desinfecção química - expurgo úmido com cal vivo - 150 a 400 gr/m2.2- desinfecção física ( secagem, insolação, gradagem ).Número de dias antes do povoamento: 12- desinfecção mecânica ( aração, gradagem, revolvimento do fundo seco ).10- enchimento do tanque com água filtrada ( filtro de pedra para evitar entrada de competidores) .03- eliminação de organismos indesejáveis.03- checar qualidade da água.00- povoamento.Cuidados no arroçoamento dos alevinos:
- Depois da desinfecção, calagem, adubação química ou orgânica estes só deverão ser introduzidos depois de 1 semana ou até 15 dias do tanque estar cheio d’água. Esse tempo é necessário para que as reações químicas ocorram antes do povoamento. Caso haja água de sobra o viveiro pode ser adubado e após uma semana esvaziada e novamente enchida para então receber os alevinos.
-O transporte deve ser feito preferencialmente nas horas mais frescas do dia, evitando-se os dias de frio.
- No inicio do inverno ou quando a temperatura da água está baixa ( 22 a 24ºC ) a maioria das espécies não suportam o estresse de transporte ( Pacu, Tambacú, Bagre principalmente ).
- Ao chegar com os alevinos acondicionados coloca-se o saco plástico dentro do viveiro, sem abrir, durante 20 - 30 minutos, cobertos com folhas / capim para compatibilizar a temperatura, após esse período devem ser abertos um a um misturando-se a água do saco e do viveiro de forma bem lenta ( 2-3 minutos ) . Após isso é que eles poderão ser soltos.
- Em locais onde a presença de predadores ( Garças, Biguás, Bem-te-vis ) é muito intensa recomenda-se medidas para afugenta-los, pelo menos até os peixes atingirem tamanho a partir de 10cm.
- Onde houver Libélulas, Baratas - d’água devem ser tomadas medidas para reduzir seu crescimento populacional de 7 a 3 dias antes do peixamento.
- Fornecimento de ração deve ser bem calculado para não provocar o excesso, extremamente prejudicial. Normalmente inicia-se fornecendo 10% do peso vivo / dia ao alevino. A ração deve ser fornecida de forma a não sobrar de 1 dia para outro ( ficar no cocho ou no fundo ) e deve ser espalhada por toda a superfície da água.
- A observação do consumo diário da ração fornecida é importante, quando sobrar deve-se reduzir a ração ou até mesmo interromper, os peixes comem menos.
- Parcelar a dose recomendada em até 4 refeições ao dia.
- Alimentar sempre no mesmo horário e local.
- Se for distribuído em cochos lembrar de instalar vários de forma que todos os peixes possam comer. E trocar a ração excedente a cada refeição.
- Não se deve jogar nos tanques restos de alimento, ração mofada ou fermentada.
- Fazer barulho sempre que for alimentar para condicionar os peixes a vir se alimentar.
Crescimento e Alimentação da Tilápia.Temperatura da Água de 28ºC.Peso inicial: 5,0 gr.Densidade no peixamento: 2,0 - 3,0 / m2.Ração: Inicial - Farelada c/ 28 - 30% de P.B.Crescimento - Peletizada c/ 24 - 28% de P.B de 3 a 5%.Renovação da água.
Alimentação das Tilápias
Período de Crescimento
Peso(gramas)
Percentagem do Peso Vivo para Alimentação(%)
Taxa de Crescimento(gr/dia)
30
5 - 20
10 - 07
0,5
60
20 - 50
07 - 04
1,0
90
50 - 100
04 - 3,5
1,5
140
100 - 250
3,5 - 1,5
2,5
210
250 - 400
1,5 - 01
3,0
Essa tabela pode servir de parâmetro para a alimentação das Tilápias com presença de Fitoplâncton bem manejado conforme discutido acima e Temperatura da água a 28ºC.Parâmetro para fornecimento quando há redução na Temperatura da água:
Parâmetros na Redução de Temperatura
Temperatura da Água(ºC)
Percentagem a ser fornecida Em relação quantidade Fornecida na temperatura de 28ºC
Percentagem do Rebate na Quantidade
28
100%
0%
27-28
80%
20%
25-26
60%
40%
22-24
40%
60%
18-21
20%
80%
menor que 18
0%
100%
Lembre-se:
A qualquer sinal de falta de oxigênio (Peixes bloqueando na superfície da água ) deve-se suspender a adição de adubos e de ração.
Quando a temperatura da água cai os peixes comem bem menos, diminua a ração.
Elaboração: Zootecnista Luis Eduardo Ferrari Sanches – Piscicultura Piracema.Engº Agrº Celso Daniel Seratto - Escritório Local Emater de Marialva.Tecº Agrº Luiz Caetano Vicentini - Escritório Local Emater de Maringá.Tecº Agrº Leonel Schier - Escritório Local Emater de Iguaraçu.Técnico em Piscicultura Cláudio Assis Mucellini – Piscicultura Piracema.Gentileza: Piscicultura PiracemaAvenida Kakogawa , 2.306– Cidade Campo – MaringáFONE/FAX 044-3263-4445
Informações relacionadas a Criação de Peixes
Escolha do local:
Na correta escolha do local para implantação de uma piscicultura está um dos aspectos mais importantes deste tipo de criação. A criação de peixes exige grandes investimentos na construção de tanques, com horas-máquinas, canos, etc...Por isso, prefira locais onde haja pouca movimentação de terra, locais onde é possível trabalhar com máquinas pequenas como pás carregadeiras, ou esteiras. Um local adequado para a construção de tanques deve ser relativamente plano, ou com pouca declividade, solo argiloso ou misto com pouca permeabilidade, e que tenha disponibilidade de água por gravidade. Ainda no local deve ser planejado o acesso para caminhões, luz elétrica para iluminação e aeradores, e uma casa próxima. Lembrando que o tanto que se vai gastar, depende do terreno no qual se fará os tanques.(" Veja no menu SUPORTE, PREPARO DE TANQUES,ou clique aqui ").
Assistência técnica:
Muitas pisciculturas em todo o Paraná, foram construídas sem um planejamento técnico adequado, nestas alguns agricultores, gastaram muito dinheiro e não conseguiram bons rendimentos com a atividade. Temos por aí alguns erros básicos como tanques que passam água de um para o outro, tanques que não secam, tanques onde é impossível passar rede, tanques que renovam a água por cima, barragens feitas na beira de rios, tanques feitos em locais de difícil acesso, etc..., erros estes que não podem ser mais cometidos, sob pena de não se conseguir boas produções nestes tanques. Por isso, consulte um técnico especializado, lembrando que o que se paga para o técnico se torna muito barato quando se faz a coisa certa, e não tiver que fazer duas vezes. Um acompanhamento técnico também é importante para o planejamento da produção, visitas constantes, avaliação do desenvolvimento dos peixes e qualidade da água. Temos percebido que as pisciculturas que tem um acompanhamento técnico tem obtido melhores resultados.
Escolha da espécie:
Uma das grandes dúvidas dos produtores é: qual a espécie de peixe que eu devo criar ? No entanto, quem pode responder essa pergunta é o próprio produtor, pois depende do que ele quer. Uma criação para o consumo familiar onde é utilizado restos de comida e esterco, etc..., pode ser feito uma consorciação, (policultivo) com carpas, bagre, pacu, piauçu e tilápia. No entanto, quando estamos criando peixes para venda aos pesqueiros, não podemos misturar as espécies, pois é muito trabalhoso separar os peixes para a venda, correndo o risco de machucarmos os peixes que serão transportados. Em ordem de maior demanda sugerimos a criação de tilápias revertidas, piauçu e pacu, peixes que hoje têm venda garantida para os pesqueiros, mas não descartamos o uso de carpas em pequenas quantidades aproveitando alimentos não utilizados pelos peixes principais, como a carpa húngara, que se alimenta de insetos e animais do fundo, a carpa cabeçuda, que filtra o plânctom e a carpa capim que se alimenta de vegetais. Não podemos descartar ainda, a criação do bagre africano, que tem um crescimento muito rápido, e é ideal para ser vendido vivo, em feiras ou filetado em mercados. Espécies como o pintado, matrinchâ, piracanjuba, pirapitanga, etc.. também podem ser criadas e têm mercado garantido, no entanto para estas criações deve-se obter maiores conhecimentos , um maior acompanhamento, rações especiais e condições ideais, para o seu cultivo em grande escala.
Quantidade de peixes por área:
Para um melhor aproveitamento dos tanques , recomendamos a criação em duas fases. Primeiro preparamos um tanque menos para receber os alevinos nas quantidades de 10 a 20 peixes por metro quadrado, e criamos até eles alcaçarem o tamanho juvenil ( 10 a 15 cm), quando esses são passados para os tanques maiores nas densidades de 1 a 3 peixes por metro quadrado, onde ficarão até a venda. Este manejo assegura uma maior sobrevivência dos alevinos na fase inicial, aproveita melhor a área de tanques, e evita problemas como o do produtor não saber quantos peixes tem no tanque, na hora da venda. Soltando os alevinos direto nos tanques grandes podemos alcançar sobrevivência de 50 a 95%, no entanto quando estocamos o tanque de engorda com juvenis a sobrevivência será maior que 95%. Tilápias e bagre africano podem ser criados em densidades maiores que 3 peixes por metro quadrado, mas para isso é absolutamente necessário um acompanhamento técnico, pois estaremos criando peixes em condições de risco o que pode eventualmente causar prejuízos. Recomendo que os produtores aumentem a densidade aos poucos, e à medida que ele vai se familiarizando com a criação.
Os alevinos:
Prefira adquirir alevinos de produtores estabelecidos, e de preferência da região, pois o transporte muito longo, apesar de possível, debilita os peixes, podendo haver mortalidade. Alevinos de qualidade são espertos, saudáveis, não apresentam defeitos físicos, e são o mais uniforme possível, não podem ainda carregar doenças e parasitas. Exija também a orientação para o transporte e soltura, além da garantia se por acaso houver mortalidade. Reserve seus alevinos com antecedência pois eles tem uma disponibilidade limitada pela sazonalidade, e também para que se possa preparar o viveiro para recebe-los.
Preparo dos viveiros (tanques):
Para o recebimento dos alevinos o viveiro deve ser preparado de acordo com os items abaixo:
Seque o tanque.
Aplique cal virgem nas poças e no barro do fundo nas quantidades de 100g/m 2.
Aguarde alguns dias para que o sol elimine peixes e insetos predadores.
Aplique calcareo na quantidade de 200g/m 2.
Coloque o tanque para encher e adube com esterco fresco peneirado na quantidade de 200g/m 2.
Se a água vier do rio, ou de outros tanques, coloque uma tela para evitar a entrada de predadores, e lambaris.
Depois 4 a 5 dias de enchido o tanque deve ser povoado com os alevinos, não espere mais do que 7 disas para povoar o tanque pois, após isto haverá muitos predadores, como baratas dágua etc..
Alimentação dos peixes:
Na fase inicial os alevinos aproveitam bem o plânctom produzido pela adubação, portanto portanto é importante manter a água verde nas primeiras semanas, isto é conseguido, com adubações semanais de esterco fresco, mas já deve ser fornecida diariamente uma ração em pó fino, para suprir suas necessidades, na quantidade de 10% do peso vivo dos alevinos por dia dividido em no mínimo 2 vezes por dia sempre nos mesmos locais e nos mesmos horários. Nas fases seguintes, a alimentação deve ser preferencialmente rações extrusadas que flutuam e permitem, um maior controle do consumo, no entanto pode ser utilisados restos de comida, farelos etc... desde não prejudiquem a qualidade da água, e sabendo o piscicultor que esta alimentação alternativa aumentará o prazo de cultivo, o que poderá diminuir a produtividade. A alimentação com rações extrusadas de boa qualidade traz os melhores resultados desde que o manejo da alimentação seja bem feito. Para isso o tratador deve ter a sensibilidade para alimentar os peixes até que eles estejam saciados. Alguns dias nublados, com ventos ou frios, os peixes não se alimentarão adequadamente, nestes dias o tratados deve diminuir ou até suspender a alimentação se ele verificar que a alimentação não está sendo consumida, para que esta não sobre, pois a ração não consumida prejudicará a qualidade da água, aumentará a conversão alimentar, e diminuirá o lucro.
Venda dos peixes:
Após o período de cultivo que depende da espécie o produtor deve contactar com os compradores para a venda, nesta hora o produtor deve saber a quantidade de peixes disponível e o tamanho médio destes. Deixe os peixes sem alimentação no dia anterior ao transporte, e renove a água do tanque. O transporte especializado é necessário para que o peixe chegue ao seu destino vivo e em boas condições.. Lembro ainda que peixes que não se alimentaram adequadamente com rações de boa qualidade não suportam o transporte e só dão prejuízos para os produtores e pesqueiros.
Planejamento:
Um planejamento da produção é necessário para que o piscicultor tenha uma oferta constante de peixes, o que evitará grandes gastos de ração de uma só vez, além de ser mais fácil a colocação dos peixes em pequenas quantidades. O produtor deve lembrar ainda que é necessário o capital de giro para a compra dos alevinos, ração e mão de obra por todo o período de cultivo, pois temos exemplos de produtores que estocaram grandes quantidades de alevinos de uma só vez, e na época de maior consumo dos peixes, não tiverão condições financeiras para terminar a criação.
Escrito por:
Luís Eduardo F. Sanches, Zootecnista responsável Piscicultura Piracema – Maringá Pr.